Ela se virou pra Ele e disse em alto e bom som que as coisas não mais teriam jeito e que a partir daquele momento os olhos não mais se cruzariam. Ele pára. Depois perde o fôlego. Respira fundo contando até três. Se as coisas mudam. Ele muda. Ela muda.
Arranca o carro com força procurando por sobrevivência. Não havia outros meios se não declarar que havia perdido. Os sonhos. As noites em que perdia o sono sorrindo. Tanto que cantava enquanto sorria. Agora se engasgava com o abismo criado por Ela.
Por quantas vezes mais terei de passar por aqui caminhando pelo inverso aos meus desejos?
Partir-se ao meio em busca de algo que nem ao menos nasceu? Nessa terra de gigantes nada se planta. As coisas estão maquiavelicamente planejadas. E por isso perdem-se o controle. Comprimidos entre meio a intolerância e Ele não pode mais.
Entretanto Ela parecia pouco mais tranqüila como quem sabe o que faz. Ele, partia do: Nada sei.
Intercala um sorriso com a lagrima que escorre, entra no primeiro táxi que aparece. Me leve ao inferno, aqui eu não volto mais.
O narrador chega completamente atrasado, perdido, força a porta e entra. Os pingos gelados da chuva estão pela casa. Arrasta-se até o primeiro sofá que encontra à espera da personagem principal. Na verdade à espera que algum super-herói saia de uma revista em quadrinhos qualquer e voe em sua companhia quarto andar a baixo. Enquanto pensaria no que fazer com Ela. E com Ele.
Ela chega, o narrador se esconde. Ela vai até a varanda inexistente para fumar o cigarro que nunca comprou.
Ele pára no primeiro bar. Após o efeito que o arranque do carro que lhe causou à cabeça. São feridas fechadas. Ninguém vê. O narrador é que sabe, mas conta a história a seguir. Dessa cuida Ele.
Já com o maço de tabacos que Ela fumaria, no bolso.
A campainha toca agressivamente incômoda.
O narrador sai correndo de cima do sofá pra entender o que se passa.
Umas das mãos doem. Mas ninguém sabe de quem é a mão.
No terceiro toque Ela passa por cima do narrador e nem percebe. Abre aquilo com a voracidade de quem está perdida entre ruas escuras.
Com passos largos Ele sobe ao quarto andar e lhe entrega o maço. Sem palavras, sem lágrimas. Ainda branco Ele invade a cena procurando por equilíbrio.
O narrador chega atrasado. Perde a cena principal esperando a inspiração que andava pela rua a vagar aos becos procurando por Ela.
Ela fuma enquanto Ele come os cigarros.
O tabaco acaba antes mesmo de o narrador interpretar o próximo esquete.
Abraçam-se: o narrador e Ele enquanto Ela pegava as chaves do carro interrompendo-se pelas escadas com seu salto fino.
O barulho era tanto que Ela se viu obrigada a tirar os saltos. Andava como quem buscava o sol no meio da noite. Chovia. Mas não molhava. A pele doente absorvia a dormência dos atos.
Ele se pos a correr logo em seguida. Mas o narrador o segura pelas pernas. As lágrimas escorrem. Perdi.
Ouve a explosão de fato.
Os olhos não mais brilhariam mais naquela noite. O narrador cansado de morrer, tirou Ela de cena.
Ele se sentiu tão só que nem ao menos se deu conta que já se passavam mais de quatro meses.
Partiu em busca de paz.
O silencio foi constante, o narrador agora podia declamar quanto quisesse. Mas sem platéia não haveria e não. Não houve grandes aplausos.
A platéia estava cálida esperando pra saber do final trágico.
Ele volta à cena anterior e o apunhala o narrador pelas costas.
O sangue derretia-se sobre aquele texto mal reproduzido. Enquanto a platéia cantava em memória a Ela.
Arranca o carro com força procurando por sobrevivência. Não havia outros meios se não declarar que havia perdido. Os sonhos. As noites em que perdia o sono sorrindo. Tanto que cantava enquanto sorria. Agora se engasgava com o abismo criado por Ela.
Por quantas vezes mais terei de passar por aqui caminhando pelo inverso aos meus desejos?
Partir-se ao meio em busca de algo que nem ao menos nasceu? Nessa terra de gigantes nada se planta. As coisas estão maquiavelicamente planejadas. E por isso perdem-se o controle. Comprimidos entre meio a intolerância e Ele não pode mais.
Entretanto Ela parecia pouco mais tranqüila como quem sabe o que faz. Ele, partia do: Nada sei.
Intercala um sorriso com a lagrima que escorre, entra no primeiro táxi que aparece. Me leve ao inferno, aqui eu não volto mais.
O narrador chega completamente atrasado, perdido, força a porta e entra. Os pingos gelados da chuva estão pela casa. Arrasta-se até o primeiro sofá que encontra à espera da personagem principal. Na verdade à espera que algum super-herói saia de uma revista em quadrinhos qualquer e voe em sua companhia quarto andar a baixo. Enquanto pensaria no que fazer com Ela. E com Ele.
Ela chega, o narrador se esconde. Ela vai até a varanda inexistente para fumar o cigarro que nunca comprou.
Ele pára no primeiro bar. Após o efeito que o arranque do carro que lhe causou à cabeça. São feridas fechadas. Ninguém vê. O narrador é que sabe, mas conta a história a seguir. Dessa cuida Ele.
Já com o maço de tabacos que Ela fumaria, no bolso.
A campainha toca agressivamente incômoda.
O narrador sai correndo de cima do sofá pra entender o que se passa.
Umas das mãos doem. Mas ninguém sabe de quem é a mão.
No terceiro toque Ela passa por cima do narrador e nem percebe. Abre aquilo com a voracidade de quem está perdida entre ruas escuras.
Com passos largos Ele sobe ao quarto andar e lhe entrega o maço. Sem palavras, sem lágrimas. Ainda branco Ele invade a cena procurando por equilíbrio.
O narrador chega atrasado. Perde a cena principal esperando a inspiração que andava pela rua a vagar aos becos procurando por Ela.
Ela fuma enquanto Ele come os cigarros.
O tabaco acaba antes mesmo de o narrador interpretar o próximo esquete.
Abraçam-se: o narrador e Ele enquanto Ela pegava as chaves do carro interrompendo-se pelas escadas com seu salto fino.
O barulho era tanto que Ela se viu obrigada a tirar os saltos. Andava como quem buscava o sol no meio da noite. Chovia. Mas não molhava. A pele doente absorvia a dormência dos atos.
Ele se pos a correr logo em seguida. Mas o narrador o segura pelas pernas. As lágrimas escorrem. Perdi.
Ouve a explosão de fato.
Os olhos não mais brilhariam mais naquela noite. O narrador cansado de morrer, tirou Ela de cena.
Ele se sentiu tão só que nem ao menos se deu conta que já se passavam mais de quatro meses.
Partiu em busca de paz.
O silencio foi constante, o narrador agora podia declamar quanto quisesse. Mas sem platéia não haveria e não. Não houve grandes aplausos.
A platéia estava cálida esperando pra saber do final trágico.
Ele volta à cena anterior e o apunhala o narrador pelas costas.
O sangue derretia-se sobre aquele texto mal reproduzido. Enquanto a platéia cantava em memória a Ela.