Estava entorpecido com cheiro, gosto, essência. Mas não. Não o pôde
tocar entre os braços. Teve-o entre o aperto e o peito. Entre o que ele e o
outro não viam, de fato.
Deslizou pouco mais as mãos na parte superior de suas ancas. Pele
doce, rústica e intensa. Pele essa na qual se perderiam noites a tentar se
deixar. E desvendar.
Escreveu entre meio um sorriso e outro. No exato inalterado do seu
olhar, seguidos de perguntas e quimeras. Sem. Sem respostas.
Eram distintos na forma de falar. Na forma de andar. Das mais
diversas formas, eram contundentes, entretanto. E sim. Eram. Eram felizes. Com toda
redundância poética que lhes cabia, então.
Apertou o cinto sem a companhia extasiada da música entorpecente.
Deslizava pelas ruas, como quando em seu corpo. Indagando curvas. Sentindo cada
fragmento. A cada um deles...
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