terça-feira, 3 de junho de 2008

Desejos

Não, nunca pensei que seria tão complexo.
Às vezes eu me engano e quanto mais eu pensava, mais me corroía...
De repente as coisas se tornaram mais do que um simples afago, aquela impaciente e interminável carência, já não fazia mais parte desse caráter, do meu caráter. E assim se concretizaram as semanas que passamos juntos.
Tudo pareceu perfeito, e na verdade o foi, para além do que as expectativas que o pressupõem.
Depois de dada a largada, mais do que esperado, o anseio.
Assim como o queria em meus braços, o tive, em uma mescla sutil de todo o desespero e ópio, estava entrando numa fase superiormente interessante, onde percebi que o  agora, já não mais faria parte do que me foi rotulado.
O a partir de agora, seria o eu mesmo, travestido de minha própria personalidade.
Apesar de muito estranha toda essa situação, senti-me, pela segunda vez, livre dos tabus impostos pela mesma sociedade de onde todos os manuscritos sagrados deveriam ser seguidos, mas, e a felicidade? Onde mais eu a procuraria?

[...], e, a partir desse momento, descobri que o eu sempre esteve aqui, e como um suspiro aliviado, bem maior que a dor, porém intrínseco e decadente, chorei, dessa vez, de felicidade.

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