terça-feira, 9 de setembro de 2008

ultimo trago.

Dividido entre a mais bela obra de arte e o pensamento em que eu me entrego,
só um escritor pra compreender o outro sem ser fugaz.
With Or Without You.
por tantas vezes aqui,
de frente ao "eu-mesmo" bem maior que o espelho em que pudesse ser capaz de te encontrar,
espelho sujo,
refletindo uma face imunda de seu próprio ego,
que a partir desse momento se tornaria delírio.
Por quantas ruas mais seria capaz de andar sem ser notado,
com lágrimas nos olhos.
Hoje não peço mais que fique,
tenho a companhia de meu cigarro encantado com os inimagináveis aromas,
que me acompanha sem a cobrança de longas conversas,
depois de uma noite repleta de delírios inimaginaveis,
pensado na bala que o tiraste de mim...
Será como encontrar o elo perdido das emoções,
misturando parte da sobra do baton do copo com o gole de cerveja que mataria,
se não fosse obvio.
Por tantas avenidas seria capaz de brilhar,
se seu sorriso fosse o mais puro,
e deixasse a dormir em paz quando apenas deitasse pra repousar.
With Or Without You
Com ou sem música viverei ao teu lado sempre,
mesmo que contorne o choro no soluço copo de cerveja nunca degustado,
molhando-te com os dedos,
esfregando a sobra de baton,
desta vez o que resta na boca,
o desejo e o medo me acompanhando ali,
fielmente,
e eu...
deixei de viver naquele ultimo trago.

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