sexta-feira, 15 de maio de 2009

Escondi.

E mais uma vez as coisas tomam outro rumo.
Porque esperar se sabe que o sol jamais vai se por da mesma maneira?
Pra que sonhar, já que acordamos e a mobília permanece intacta? Sonhos e não posso ser. Quero a casa cheia de flores de plástico para que eu possa regar com as lágrimas, antes mesmo que sequem.
Ando vagando à procura de onde possa me apoiar. É quando caio. Sangro e me agrido.
Sinto falta da companhia desinteressada. Líamos e ouvimos musicas por todo o dia até que o sol se punha. Por onde você anda? Suas pernas doem? Sorri pra mim? Enche minha vida de luz de novo?
Procuro as esferas que brilhavam na primeira vez em que achei que fui verdadeiramente feliz. Pequei em seus lábios e você sequer percebeu. Pus-me a esperar-te no trem que nem ao menos partiu.
Sinto falta dos abraços. Das conversas que nunca jogamos fora. Essa necessidade de partir, sempre.
Por um momento, feliz. Estou farto de duvidar de tudo. Bebi agora três copos de sei lá o que para esquecer de ti. Fumei dois cigarros e ainda não sumi.
Por onde anda o abraço afobado e a vontade de estar por perto? Corri. Tropecei por várias ruas, chorando sua ausência. Reclamando algo que nunca tive.
Quero de novo a razão que me fazia dormir, me aperta para que eu possa chorar um pouco, ou muito. Faz noite, só o vazio por aqui.
Odeio teu abraço distante. Teus olhos suspensos no ar que me agridem depois de sorrir. Por onde anda o brilho de seus olhos? Porque nunca te vejo sorrir?
Morra agora. Desapareça. Tome-me de volta em teus braços, me faz dormir, ainda é noite. Sinto frio. Cadê você aqui?

Nenhum comentário:

Postar um comentário