terça-feira, 20 de setembro de 2011

Afinal,

“Me abraça, me aperta
Me prende em tuas pernas
Me prende, me força, me roda...”

eu o quis, com os argumentos de que ele também ousasse querer. A sensação que eu tive é de que os pingos de chuvas chorariam ausência por perder o ar, sufocados pela poeira em que os raios não tragarão. 
O ar, quase que fresco deleitava o que eu estive por sentir. Ora eram mãos e silêncio. Outrora gritos sem toque.
Metástase sem o mínimo de coeficiente em mutação. Eram os seios que jorravam vida, daquela que nunca ousou entregar-se ao mar. “Parece que o mundo foi feito prá nós”. Era sintonia e discórdia. Os olhos queriam bem mais que pudessem ter. Enquanto os corpos entrelaçavam-se tentando nesse aperto, buscar a essência daquele desencontro.
Estavam perdidos entre meios aos trechos curtos daquele teatrinho desconexo que tentavam atuar antes mesmo de o roteiro ser escrito e revisado. E então, os corpos suados se apagaram em meio à força que perderam e sorriram um para o outro, respeitando a intensidade individual.
Não se pode dizer que não houve sonhos. Não se pode dizer que não estavam inteiros, ali, um para o outro. As cicatrizes impostas eram visíveis. Talvez, por essa ou outra razão desconhecida eles tivessem que se abandonar antes do nascer do sol.

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