Estava ali. Parado. Nada viu. Ninguém se
virou pra ver. Seguiu-se. Sendo.
Sentiu-se. Parou. Olhou. Estagnou os olhos.
Refletiu por instantes o exato em que se aproximara. Pensou. Por instantes. Pensou.
Entendeu coisas que não buscou. Outras. Por ali também estiveram. Sentiu.
Sentiu. Segui sendo.
Aproximou-se do espelho como quem se
aproxima do perfume da rosa. Delicada. Robusta. Cheia daquilo que lhe poderia
ser proteção.
Apertou firmemente os lábios e sentiu
ausência. Aquelas mãos estavam longe dali.
Afagou seus cabelos com as pontas dos
dedos. Parou. Pesou firmemente aquilo que buscara ha instantes. O cheiro fora
sentido.
Pensou. Dessa vez nos lábios cítricos. Exatos.
Descompensados. Indagou que poderia ser um sonho dentro de outro. Interpelou-se
de compaixão. Arrumou a gola da camisa. O pode ver. Dormindo com os lábios
superiores calados. Abertos.
Suspirou. Palidamente sentiu. Parou.
Sentiu.
Já perdera a noção daquilo que chamara de
ausência. Ofuscou a visão na tentativa do sono. E forçou-se.
Já não se perguntaria
mais por quês. Seria se. E se se. Seria. Foi. Andou. Deixou as tantas coisas
rodarem pra chegar onde estava. Sentiu-se. Avesso ao que buscara. De fora pra
dentro gritou. De dentro respondeu que voltaria a si. Ou ao menos fingiria ser.
:'(
ResponderExcluirDamaris