Estava ele,
naquele banco, repleto de verde, não nos bancos. O verde, afirma-se
concretamente na presença da lua, sem atentar a poesia que lhes cabe.
Cabisbaixo, passivo de se arrancar um sorriso ou outro, ou ainda, o desalento.
Eram reais,
talvez da forma em que se despiam os olhos. De como ele o despia com os olhos,
pra ser mais exato. Preso entre as descobertas interrompidas e o sorriso esguio,
em que se sente vontade de beijar. Apertou-o contra o peito de forma a
ostentar-se ali. E por ali permaneceu. Talvez amanhã, quem sabe? De repente, da
forma como se começou, termine.
Fechou, ou
fecharam os olhos, pouco tempo depois, pra sentir, o que talvez gostassem que
fosse uma constante.
Sentia um misto
entre dor e sobriedade. Ouvia os gritos de seu corpo, que embora, permanecia em
silêncio. Aquilo que antes era leveza tornou-se pesado demais pra desvendar por
aqueles lábios, cujo sorriso sobressaia-se, indiscutivelmente.
Esquivou-se
pouco mais a fim de disfarçar o atrito entre seus dentes. Aumentou o som, como
de costume, na espera de um pouco mais de silêncio. Forjava-se de delírios por
distrair-se pouco mais sobre o vago que o tempo lhe causara. Era saudade
antecipada ou apenas delírios do que haveria por estar.
Despiu-se do
resto que lhe cabia na palma das mãos. Tentativa brusca de arrancar com as
unhas, o exato perfeito em que ousaram naqueles instantes. Sentiu vontade de
entrar naquele corpo, de forma a habitá-lo completamente. Cessou as lágrimas
que não, não desceram.