terça-feira, 24 de junho de 2008

É o que tem pra hoje.

Tipo de pessoa em que me jogo,
sem medo de cair,
me oferece o ombro pra chorar e me conduz a valsa.
Eu grito, ardo, sou áspero,
aqui está...
me acompanha por noites a fio,
enquanto todos dormem,
se encaixa no pedaço reservado e chora,
limpa os olhos quando me ve no portão,
me abraça, chora,
descem fragmentos de amor dos seus olhos,
quando limpo as lágrimas que ardem,
de seus lábios dormentes exalam o silencio.
O medo da perda.
A felicidade infantil só por estar...
Me entende do início ao fim,
nem precisa olhar nos olhos,
já sabe o que eu quero dizer,
enfim, a que estou.
Canta por diversos momentos a mesma canção,
só pra que eu não me sinta sozinho...
E faz da melodia, poesia, uma composição,
traz do escuro as fadas,
do silencio, todas as clarisses que me prendem,
do muito e do pouco,
entre uma dor na perna e outra,
deflagra na porta da geladeira: é o que tem pra hoje.

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