sábado, 18 de outubro de 2008

forever.

Quando nem mesmo a solidão das estrelas me acompanha. O brilho fosco do olhar que não me persegue. Assim acordo. Com o rosto encharcado de emoção. Percebi que não adiantava mais. Não mesmo. Virar para o lado seria ainda mais ausência. A metade vazia que me restava. Pensar e não ter. Ouço sua voz dizendo repetidamente algo distante. Senti-me ainda mais só. Assim. Pude me virar para o outro lado. Aquele que é só meu. A cabeça dizendo sim. O corpo também. A alma reagindo em lágrimas a essa distancia. Adormeci. Talvez para ter você mais perto. Por outrora pensar na vida que ainda teremos. Juntos.
Assim o barulho da chuva se faz mais presente. Alheio ao sono da angústia. Quem sabe não te traz até mim.
Acordei assim. A luz entrando pela fresta da janela. Que esqueci aberta. Parado. Pensando no que diriam as paredes. Já que as mesmas jamais me dariam respostas do que vem a ser a alegria. E a música começa a tocar. Aquela que reproduz alguns dos meses mais intensos da minha vida. Não a mais bela. Aquela que representa toda a dor. Distancia. Afinal. O que você faria? Se eu te dissesse não ao invés de sorrir. Se sentisse vontade de te abraçar por longas horas. Se todas essas coisas se misturassem quando eu pensasse em você?
E paro pra pensar. Quando é que começa. E vai ter um prazo pra acabar? Por seria assim. Desejo agora. Botar uma musica alegre. Leve. Que me fizesse sair correndo pela casa. Sem nem ligar para as paredes a me julgar em toda essa instancia. Existência. Seria essa. A minha vida. Entregaria. Mas pra dividir além dos sorrisos as angústias. Que juntos. Pudéssemos. Como naquele dia. Dar as mãos e sair andando. A fotografia retrata melhor tudo o que digo. Seria o dia mais feliz. União das almas. A entrega. O seu amor em mim...
E correríamos abraçados por um vale de flores. Afinal. Lágrimas. Não mais existiriam. E isso tudo se mesclaria com nosso amor. Ao final nos confundiríamos mesmo.

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