domingo, 19 de outubro de 2008

Então, que chova!

É mesmo. Tava perdido nos teus pensamentos quando o telefone tocou. A realidade me batendo a porta. Convidando-me pra sair. E entender que os muros pichados foram pintados de cinza. E que o céu não é mais azul. Estranho perceber que não pode enxergar através dos olhos do outro. E que o sol jamais voltará a ter aquele brilho. Como é difícil acreditar. Ser. Estar. Cravo estacas de vidro em meu peito. E espero o efeito baixar. A noite cair. Quem sabe o novo. A contagem. Contrapondo tudo aquilo que me fez deixar. É. De certa forma. Converso comigo mesmo. Debato meus problemas com as paredes. Que só me retribuem o pó. Nada de construção. É pisar nas nuvens encharcadas d’água. Cair. Desta vez não me afogar em lágrimas. Paro o que estou fazendo. Vou até lá. Que a inspiração recomece. Que os olhos brilhem. Ainda há esperança. E o sol pode brilhar de uma maneira diferente. De repente o que falta é olhar pra frente. Sumir de vez com as gavetas empoeiradas daqui. Se fizer chuva. Você. Um cinema. Só depende de o telefone tocar...
E o novo. Sempre vai chegar. É só acreditar ir além dos céus. Parar. Dar as mãos. E sair andando pela avenida movimentada. Talvez perder o passo na próxima esquina. Mas teremos um ao outro. Pra levantar. Recomeçar.

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