Estava ali. Vivendo forçadamente aquele contexto. O meu contexto. E as coisas perderiam completamente o sentido se não fosse olhar pra frente. Por isso escrevo. Antes mesmo que a angústia tome conta de que aqui estou. Olho para o telefone. Reclamo ausência.
Quando for presente. Que faça jus. Enobreça.
Quanta gente. Nenhum espaço. Livro na bolsa. Coloco de lado o boné. Entre meio o banco e a janela. Assim. Descritivo ao máximo. Dentro de um calor quase que insuportável. Que fique claro o quase.
Deixa pra lá os clichês. Disse-me que desencanasse. Quem sabe ele tenha mesmo, parte dessa razão. Por onde anda o meu mundo. O real?
A caneta já começava a falhar. O suor das mãos no papel. De nada estava adiantando esfregar a caneta nas bordas. A busca da saída de emergência. E a paciência acabando. Em verdade. Nunca ouve. Quanta grosseria a minha volta. Sou diferente disso. Disse ele a si. Mas esqueceu de organizar os seus pensamentos.
Já ia me esquecendo deles. Os remédios. Um deles só. Puxo a bolsa com voracidade e quase que cai na cabeça dela. E por que não? Desta vez é melhor citá-la. Entre rimas e um riso um tanto que prognóstico do desespero. É como se estivéssemos ali. Paralisados. E na verdade estávamos. Imóveis a nos mesmos. Mas o que nos trazia até ali era bem mais forte que todo o resto do enredo que podemos chamar de contexto.
Ali. Quase bêbados. Com coca-cola. E por hora. Cheio demais. E com calma “a gente” chega lá. E bem perto.
O livro agora na bolsa dela. Distraída. Ela nem notava que meus pés estavam doloridos. Vou mudar a posição. Só que dessa forma não consigo por pra fora. Melhor resistir a dor.
Óculos de sol. Tampando quase o rosto todo. O papel. A caneta. A mão direita, que dói. E os cabelos ao vento. Esvoaçado mesmo nada romântico. Travesseiro nas mãos. Cada um com o seu e sigo. (Mentira. O meu estava distante).
Bota as asas um pouco de lado e vê se consegue dormir. O tempo passa mais rápido. A sensação de que ele passa mais rápido. Isso sim. É real.
A luz do sol atravessava a lente dos óculos. Retina. A mesma paisagem. Tudo isso cravada. A rotina. Dessa vez é dela que me alimento.
Ela me falava sobre Camões. Dizia que ele escolheu o livro. Deixou a amada. Junto ao mar. Levava as águas também, toda a angústia, deduz. O ponto final e o recomeço. Eu ficaria com o amor, a inspiração. E poder ouvir bom dia pelas manhãs seguintes. Levaria-me a loucura. Amar e amar. Menos mal assim. Temos a prova do que restou do amor. Optar pela razão. Dela também se extrai a poesia.
É Camões. Algumas pessoas jamais te entenderiam. Mas a grande prova de amor foi dada. E no livro. Os cânticos. O amor. Pra que lado virar se no final da estrada se tem um cruzamento?
E no navio só restaria o espaço para a poesia. O ‘humano’ jamais a entenderia.
Até o sono da ultima noite. Intensamente dormida. Porque vivi felicidade. Andar de bicicleta à noite me faz bem. Em boa companhia. Melhor ainda. E assim anoiteceu. Assim eu pensava. E foi dito por ela logo em seguida.
Falo do ontem com uma particularidade, por não haver espaços latentes de dor. Uma liberdade conquistada. O ar. Se existe paz. A tive por longos instantes. Por hora. Ouvíamos musicas e seriamos felizes. Musicas que inspirassem a ‘vida’ em seu sentido mais amplo. Nem alegres e nem tristes. Pra que pudéssemos lembrar de nossos amores.
Entre risos. Tudo virou nostalgia. A metade que me completa.
Tento encontrar além de tudo aquilo que vejo. E o telefone. Porque sempre me acompanha. Deve fazer parte de mim. Que óbvio. Por enquanto só a voz. Não posso ter mais que isso. Pelo menos não por agora.
E o dia acontece. A paisagem é a mesma. O que muda? Um ou outro passageiro. Ousadia minha dizer que são todos iguais. Prefiro pensar que são pessoas.
Quando olho para o lado ela sorri. Será que soa muito áspero dizer o que penso. Ou tudo o que penso é que é assim. Tão amargo. É gosto de remédio na boca. O que me cura. Vicia-me. Pensei em tudo isso. Mas insisti em manter-me calado.
Quando for presente. Que faça jus. Enobreça.
Quanta gente. Nenhum espaço. Livro na bolsa. Coloco de lado o boné. Entre meio o banco e a janela. Assim. Descritivo ao máximo. Dentro de um calor quase que insuportável. Que fique claro o quase.
Deixa pra lá os clichês. Disse-me que desencanasse. Quem sabe ele tenha mesmo, parte dessa razão. Por onde anda o meu mundo. O real?
A caneta já começava a falhar. O suor das mãos no papel. De nada estava adiantando esfregar a caneta nas bordas. A busca da saída de emergência. E a paciência acabando. Em verdade. Nunca ouve. Quanta grosseria a minha volta. Sou diferente disso. Disse ele a si. Mas esqueceu de organizar os seus pensamentos.
Já ia me esquecendo deles. Os remédios. Um deles só. Puxo a bolsa com voracidade e quase que cai na cabeça dela. E por que não? Desta vez é melhor citá-la. Entre rimas e um riso um tanto que prognóstico do desespero. É como se estivéssemos ali. Paralisados. E na verdade estávamos. Imóveis a nos mesmos. Mas o que nos trazia até ali era bem mais forte que todo o resto do enredo que podemos chamar de contexto.
Ali. Quase bêbados. Com coca-cola. E por hora. Cheio demais. E com calma “a gente” chega lá. E bem perto.
O livro agora na bolsa dela. Distraída. Ela nem notava que meus pés estavam doloridos. Vou mudar a posição. Só que dessa forma não consigo por pra fora. Melhor resistir a dor.
Óculos de sol. Tampando quase o rosto todo. O papel. A caneta. A mão direita, que dói. E os cabelos ao vento. Esvoaçado mesmo nada romântico. Travesseiro nas mãos. Cada um com o seu e sigo. (Mentira. O meu estava distante).
Bota as asas um pouco de lado e vê se consegue dormir. O tempo passa mais rápido. A sensação de que ele passa mais rápido. Isso sim. É real.
A luz do sol atravessava a lente dos óculos. Retina. A mesma paisagem. Tudo isso cravada. A rotina. Dessa vez é dela que me alimento.
Ela me falava sobre Camões. Dizia que ele escolheu o livro. Deixou a amada. Junto ao mar. Levava as águas também, toda a angústia, deduz. O ponto final e o recomeço. Eu ficaria com o amor, a inspiração. E poder ouvir bom dia pelas manhãs seguintes. Levaria-me a loucura. Amar e amar. Menos mal assim. Temos a prova do que restou do amor. Optar pela razão. Dela também se extrai a poesia.
É Camões. Algumas pessoas jamais te entenderiam. Mas a grande prova de amor foi dada. E no livro. Os cânticos. O amor. Pra que lado virar se no final da estrada se tem um cruzamento?
E no navio só restaria o espaço para a poesia. O ‘humano’ jamais a entenderia.
Até o sono da ultima noite. Intensamente dormida. Porque vivi felicidade. Andar de bicicleta à noite me faz bem. Em boa companhia. Melhor ainda. E assim anoiteceu. Assim eu pensava. E foi dito por ela logo em seguida.
Falo do ontem com uma particularidade, por não haver espaços latentes de dor. Uma liberdade conquistada. O ar. Se existe paz. A tive por longos instantes. Por hora. Ouvíamos musicas e seriamos felizes. Musicas que inspirassem a ‘vida’ em seu sentido mais amplo. Nem alegres e nem tristes. Pra que pudéssemos lembrar de nossos amores.
Entre risos. Tudo virou nostalgia. A metade que me completa.
Tento encontrar além de tudo aquilo que vejo. E o telefone. Porque sempre me acompanha. Deve fazer parte de mim. Que óbvio. Por enquanto só a voz. Não posso ter mais que isso. Pelo menos não por agora.
E o dia acontece. A paisagem é a mesma. O que muda? Um ou outro passageiro. Ousadia minha dizer que são todos iguais. Prefiro pensar que são pessoas.
Quando olho para o lado ela sorri. Será que soa muito áspero dizer o que penso. Ou tudo o que penso é que é assim. Tão amargo. É gosto de remédio na boca. O que me cura. Vicia-me. Pensei em tudo isso. Mas insisti em manter-me calado.
Cuidado!Nem tudo que está ao redor é sempre melhor!
ResponderExcluirAbraços
Concordo com nosso amigo aí de cima....
ResponderExcluirTalvez o que há por dentro expique tudo que se passa a nossa volta. "Será que soa muito áspero dizer o que penso. Ou tudo o que penso é que é assim."
Talvez por que o mundo seja reflexo do nosso "olhar de mundo".
Talvez sentir paz, dependa do que trazemos. Como interpretamos. Seu olhar sobre as coisas. A determinação daquilo que é. Pra você. Única e exclusivamente. Canalhas existem? ou são pessoas solitárias. Perdidas. Com medo de relacionarem-se? Depende. De quem olha. Se for a mãe dele. Se for a mulher traída. Um desconhecido na rua, pra quem ele deu uma informação, ou pra quem foi mal educado. Até disso. Depende. "Se existe paz. A tive por longos instantes. Por hora"
A permissão de se dar paz. O interno. Não depende do telefonema. Ou da voz do outro lado. Depende de quem escuta. Do coração que a interpreta. E só.
Eu faço parte desse contexto!! ADOROOO!!!
ResponderExcluirVamos de novo?!
Beijos