quinta-feira, 20 de novembro de 2008

por voce.

É mesmo. Assim. E vai tornando inevitável que se transforme em saudade. A boa. Vivida e sorrida de canto de boca entre meio aos suspiros de uma eterna espera.
Tão assim, e de repente, e os olhos se encontravam na esquina abaixo de onde tudo depois acontecia. Domingo. Seria como os outros. Se não fosse pela vontade que atraiam aqueles corpos. Falo de química. Não de sexo. Presta bem atenção no que escrevo. Mas no momento o que mais importava era o contato dos lábios que se encharcavam um do outro.
Sem luz e nem pressa. Talvez uma música triste de fundo compondo o ponto final de uma esquete, mergulhando numa nova história com prazo definido para acabar.
Não podiam, mas se entregavam. Não deveriam. Não mesmo. Vê se você me entende. Mas não. A história seguiu o rumo que julgou pertinente e as cortinas se abriram, não houve aplausos. O teatro acabou sem mesmo ter começado. A bailarina chorava com o passo interrompido. Mas não. O que importava eram as lágrimas, que seriam cravadas pela ausência. Depois que aqueles olhos. Que procuraram à essência de si. Encontrou bem mais que um simples olhar. A retina cravou a dor. Mas a renúncia não. Essa nunca vai fazer parte desse enredo. Vamos misturar a poesia e a dor. Sexo com a alegria. Mas não assim nessa seqüência. Primeiro se aprende. Depois joga. Que tal voltarmos àquela esquina tempos depois e recomeçarmos aquilo do zero. Quando o olhar foi interrompido por um sussurro de voz, aliviado buscando encontrar o que ainda não haviam perdido.

3 comentários:

  1. "A bailarina chorava com o passo interrompido"
    Com o passo interrompido. Com as asas quebradas. Com a faca de corte fino. O desprezo. Frieza. Encontraria calor maior em um banco frio de uma praça qualquer. Depois de longas pedaladas perdidas. Com as estrelas. Todas embaralhadas no céu. Não era pra ser. Era pra ser belo. É belo. só deixa de ser a partir do momento que encontra-se só. Sem abraço. Sem sorriso. Sem a mão na qual se segurava. Sente como se cometesse um crime. Julgada. Culpada. No céu nenhuma lua. E ela volta pra casa.

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  2. "O teatro acabou sem mesmo ter começado."


    .....



    "Não solta da minha mão"

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