segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Keep on rising.

Pára. Olha. Meu Deus. No alto da escada. Passa. Olha. Sente. Percebe. Volta. Tudo bem? É. Voce? É, sou! Tudo bem? Tudo! Nostálgico. Apreensivo. O que quer? Por onde? Quero. Voce? Também. Vamos. Olha. É mágico. Denso. Parece sólido. É noite. E o dia? Como vai ser? Perguntas. Respostas. O brilho. O olhar. Voce. Eu. A música. Keep on rising. Vai. Pula. Dança. Corre. Ta tudo normal. Juras. União. A ponte. Todos. Ninguém por lá. E tudo. O eu. O voce. Saudade.

domingo, 28 de setembro de 2008

Disfarça e chora.

Vai. Disfarça. Chora. Aqui não pode. Deixa pra depois. E vamos pro canto. É bem melhor que chore por lá. Tem ninguém por perto. E daí? Disfarça. Sorri. Finge que acha graça no ganhar e perder de uma noite toda.
Quanta gente. Ninguém. E todos. Escutando o som que a bebida cogita. Todos. Embalados em uma melodia nada clássica. Perturbadora.
Vai. Sobe as escadas. Agora. Desce. De repente. Eu não quero mais. Disfarça e chora. Novamente. Sem ajuda deles. Os remédios. Perdido. E ela. Meus olhos. Tão longe de mim.
Promete. Cumpre. Fica bem. Disfarça. Sorri. Finge que foi sonho. Apaga as mensagens que te faz lembrar. Chora. Não disfarça. Ninguém vê. Mas lembre-se. Apagou.
Além de morrer. Quantos de você hei de matar? Anda pra frente. Vai. Isso é vida. Vida. Flor. E vida. Tudo. É vida. Caminho difícil esse. Vai pra lá. Essas coisas. Sei lá. Dizem. É. O coração. Coisas dele. Vai. Bate. Pulsa. Pulsa forte. Pára. Arrepia. Segue. Vai. Disfarça. Depois chora. A vista embaçada. Lágrimas. O carro. A partida. Não vejo. E o desespero. Lágrimas. Dor. Voltar do nada. Ir pro nada. Como isso cresce.
É como uma célula do mal. Dizia ela. Cresce. Mata. Só. O que é bom. Mata só o que é bom. O que? O que resta. Retalhos. Retratos. Do meu corpo estirado. No colchão. A dor. Falsa alegria. Conquista na luz. Perde-se quando escurece. Ri. Chora. Depois. Disfarça. E não esqueça. Avise. Quando voltar. Se voltar. Disfarça. Vai.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Killer.

O que você faria se visse meu rosto no jornal? Se soubesse que tudo acabou dessa forma?
Dor. Sangue. Loucura. O que foi que você fez comigo?
Nossa história. Eternos meses de amor. Ternos meses de dor. O sangue escorrendo a cada palavra. A cada silêncio teu. A cada chamada. O telefone.
O que você faria?
O que você faria?
Venha, olhe pra baixo.....
Olhe nos meus olhos... Você está me matando... Está me matando...
Em algum lugar... Pra que lugar poderia correr? Confiança. Pedras quebradas. Buraco. O chão se abrindo. Dopado. O buraco. Dor. Venha ver tudo o que você quebrou. Levante-me pelos braços, olhe nos meus olhos, você está me matando... Você está me matando... Ao redor... É tudo o que Você construiu.
Meus sonhos. Desejos. Eu acreditei em você. O defendi de todos. Coloquei-o num pedestal. Você se jogou de lá. Se atirou num mar de mentiras. Tirou todas as suas máscaras. Um monstro. O monstro que amei. Por quem me apaixonei. Não seja covarde, me olhe nos olhos, veja! Você está me matando, aos poucos e a cada dose desse veneno que bebo. Você está me matando.
Dentro desse buraco frio em que me encontro, olhando pra cima, só o que vejo é seu rosto. Fitando-me de longe. Se jogue! Venha! Veja o que fez! Olhe nos meus olhos! Você está me matando... Está me matando! Aos poucos. E a cada dose. Está me matando...
Não tente se explicar. Não diga que estou errado, ou que está arrependido. Chore. Soluce. Na sua frente não derramarei uma só lágrima por você. Não demonstrarei nenhuma compaixão por você. Eu te amei demais. Chorei demais. Mas agora estou forte. Fiz-me forte nesse Buraco.
A cada tempestade me fortaleci. Alimentei-me desse barro que escorre por essas paredes. Veja! Olhe você mesmo! Estou na merda do buraco em que você me deixou. Mas não verá uma só lágrima minha cair por você. Olhe nos meus olhos. Você me matou. Matou meu amor por você. Está me matando... Ao redor... Veja... Tudo o que você construiu...
Agora vá embora! Você não é bem vindo aqui. Vá! Agora! Não quero mais ver seu rosto. Suas máscaras! Vá embora... Chega!
Mas antes olhe nos meus olhos. Você me matou. Matou nosso amor.
Deixe-me aqui. Vire as costas e eu poderei chorar. Em paz. O luto. Pelo que acabei de matar. Matei você. Aquele você que estava dentro de mim. Não existe mais. O seu sangue escorre pelos meus olhos. E agora você não faz mais parte de mim. Sou apenas eu aqui. Apenas eu. Até que essas lágrimas se transformem no rio que me levará à superfície. E me tirará do fundo. Do fundo desse buraco. Que eu mesmo cavei. Por te amar. Por ser você. Agora, eu. Sou Apenas. Eu.

(Por Damaris)

domingo, 21 de setembro de 2008

monotonia.

Vamos passear pela praia...
sujar os pés na areia,
andar descalço com o peito a mostra.
se a chuva fizer presente,
vamos pra casa,
botar os incensos de lado,
embriagarmo-nos com os peixinhos do aquário,
envoltos no mesmo edredom
e supridos do mesmo hábito.
O que em mim te fez persistência.
O retorno.
Os olhares e os corpos se encontrando...
Aprendi que nada mais permanece estático quando penso em voce,
e quando voce me invade.
Por quantas vezes seria necessário olhar no espelho pra te encontar.
Por quantas noites mais vou parar para observar a lua desaparecer
e o brilho, o sol e as núvens se encontrando.
O ambiente é outro.
Eu sou outro.
Os outros, os que antes eram os mesmos,
agora não páram - vagueia pra lá e pra cá.
Avisto um tenis roxo,
que me faz relembrar o ontém, o presente. O voce.
E por onde anadarás agora?
E quanto mais será preciso?
É reflexo.
As pessoas não sabem o que falam,
e no entanto, não se calam.
Elas passam do verdadeiro limite. O da emoção.
Tudo ao menos persistente, deveria ser sólido, o brilho.
Hoje, híbrido.
Me faz pensar em desistir.
Preciso me focar em outro agora.
O "pra sempre" acabou, me sobra o resto de repugnância.
Agora. A troca.
O íbrido novamente.
E toca. Atendo. Por onde andas?
Percebo o jogo que se faz com as palavras, e encara o meu sorriso bobo.
Se me perguntares o que quero agora.
Diria que é sobre meus pensamentos.
Quero te encontrar à meia noite.
Tomar aquele sereno do amanhecer do dia.
E quando os olhos abrirem. Sentirei tua presença e suas mãos passando sobre o meu corpo.
O corpo sorrindo outra vez.
Pura harmonia.
E voce ai do outro lado ainda lembra.
Foram dois ou tres beijos,
talvez se não não tivesse virado as costas, poderiamos nos apaixonar.
O reencontro marca a surpresa,
hoje a recíproca e os corações ardem o medo.
Agora a intensidade das coisas são mais reais.
Existe o outro.
Em que gaveta do armário o coloco.
Existe espaço para os dois.
Um pela conquista. Outro pela reconquista.
E o espelho, esse que fique na memória...
As pessoas já não mais sabem o que dizem, entretando.
Não se calam.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Inibidores.

Engraçado que quando criança tinha curiosidade em saber de onde vinham, de que se tratavam os remédios com aquela tarjinha. A preta. Que as pessoas costumar transcrever enquanto: é loucura.
Acabo de perceber que isso fazia mais parte de mim do que eu pudesse imaginar...
Acho que não levanto mais da cama sem eles.
São tantos os nomes para as mesmas substâncias: Valium, Prozac, Diazepan, Apraz e por ai vai...
E olha que são uma porrada deles.
todos eles pra aliviar essa minha tensão que, segundo o médico, não é nada passageiro.
Tava escrito lá: Tratamento por tempo indeterminado.
Como se agora eu fosse a própria bula do remédio, entende?
É dificil mesmo aceitar que a gente cresce, e a mente, essa anda anos luz adiante.
Quem diria que aquele absolutismo e genérica mudança de opinião não fosse apenas graça.
Obriguei-me a prestar mais atenção em mim, e a cada dia que passa, mergulho a fundo. E me perco.
São tantas as coisas que hoje fazem falta.
O desejo, o sabor, o aroma.
Mas não, são 'esses' que me fazem ir além e ainda inibem toda essa dor. Portanto meus aliados companheiros de hoje em diante.
São tantos os problemas que passaria por vezes a escrever. E nada disso. Não me orgulho nem um pouco disso. Digamos que a mente um pouco mais 'moderna' e humildade sufuciente para admitir: É. Tudo anda errado. Estou errado. Preciso de ajuda.
Ele me escuta mais ou menos quatro minutos e me dá o pré diagnóstico. São as pilulas(zinhas) da felicidade.
Não to bem. Tomo. Passa.
É mesmo, uma boa dose de Transtorno Bipolar regado ao cinismo do Transtorno Obsessivo Complusivo que me acarreta uma depressão, também (zinha). Nomes que diriam que se encaixam na paráfrase do bom senso. Idiota, se pensar assim... que faz ir pra bem mais além de onde eu poderia supor que um dia chegasse.
Nada de ofurôs. Bistrôs, com toda a repugnancia que hoje se enquadra.
Nada triste também. Dificil mesmo é quando o colchão começa a descer e voce perde os sentidos de onde está. Pára de beber água porque está indeciso entre dois copos. É fácil? Tenta quebrar um pra ver o que acontece. E a coragem? Por onde andava a outra parte? perdida em qual gaveta mesmo da postagem anterior. Encerro por aqui.
Psicotrópicos me aguardam, coquetel de comprimidos, parece poesia já né? Não é. Isso é vida real.

controvérsias.

Não sei mesmo o que te dizer.
Afinal, não passarão de palavras.
Prefiro acreditar e lembrar dos momentos em que pertencia ao seu colo.
É tudo tão grande, não há medidas, e como ainda cresce...
Me vejo em um mundo de gente grande, por onde anda meu porto seguro?
E a esperança atropelada pela ganancia e a miséria.
As janelas do mundo não me entendem, nem se quer me ouvem.
Prefiro não pensar em tragédias. É, de fato estou em um mau dia.
Daqueles onde até o caixa eletrônico acaba o dinheiro. Justo na minha vez.
Bendita falta de sorte - prefiro pensar assim, vai que atraia, né?!
Estou me guardando na terceira gaveta do criado mudo,
quero passar um tempo por lá...
quem sabe um pouco de poeira não me faz bem?
E que eu crie raizes que me fortaleçam para ser.
Pra que quem sabe um dia eu ocupar parte do seu criado mudo.
Até mesmo sendo seu livro de cabeceira...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

ultimo trago.

Dividido entre a mais bela obra de arte e o pensamento em que eu me entrego,
só um escritor pra compreender o outro sem ser fugaz.
With Or Without You.
por tantas vezes aqui,
de frente ao "eu-mesmo" bem maior que o espelho em que pudesse ser capaz de te encontrar,
espelho sujo,
refletindo uma face imunda de seu próprio ego,
que a partir desse momento se tornaria delírio.
Por quantas ruas mais seria capaz de andar sem ser notado,
com lágrimas nos olhos.
Hoje não peço mais que fique,
tenho a companhia de meu cigarro encantado com os inimagináveis aromas,
que me acompanha sem a cobrança de longas conversas,
depois de uma noite repleta de delírios inimaginaveis,
pensado na bala que o tiraste de mim...
Será como encontrar o elo perdido das emoções,
misturando parte da sobra do baton do copo com o gole de cerveja que mataria,
se não fosse obvio.
Por tantas avenidas seria capaz de brilhar,
se seu sorriso fosse o mais puro,
e deixasse a dormir em paz quando apenas deitasse pra repousar.
With Or Without You
Com ou sem música viverei ao teu lado sempre,
mesmo que contorne o choro no soluço copo de cerveja nunca degustado,
molhando-te com os dedos,
esfregando a sobra de baton,
desta vez o que resta na boca,
o desejo e o medo me acompanhando ali,
fielmente,
e eu...
deixei de viver naquele ultimo trago.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

reticências

Passamos por toda uma vida procurando um porto seguro,
Abrimos as portas, mas esquecemos que os raios do sol costumam passar pelas brechas da cortina.
Deixamos de ouvir as músicas mais densas,
e elas se perdem por todo o corpo e entorpece.
E quando o desespero bate a porta, nos embriagamos,
pra esquecer do corpo que ardia, hoje se faz poesia, e um novo amor se encontra nos olhos de um um novo eu.
Mudanças.
O tempo todo essa mutação percorre a espinha, nos deixa afáticos e o desconhecido passa a se tornar mais presente.
Nada como quem possa dar carinho sem cobrar nada em troca,
assim nos tornamos pouco mais que meros mortais,
pensando relapsamente no que passou,
esperando o próximo vôo pra encontrar nostalgia,
se entorpecer nas asas mais puras,
e se entregar, mesmo que a claridade nos faça fechar os olhos.
Melhor assim.
deixaremos que o coração sinta a essencia,
se virar poema, é que se faz especial
Por quantas vezes olhamos pela janela da esperança,
e nem notamos que as rosas são azuis...

rehab.

As vezes penso na vida como uma estação de trem.
Os encontros e despedidas são reais, pagamos com a carne,
sentimos na alma,
Importante quando as almas se cruzam,
Os olhos brilhando uma ardencia superior e sincera.
A despedida, os desencontros.
Quanto afeto ainda existe nos olhos, paladar,
quanta impressão num sorriso singelo,
quanto amor, quanta vida.
Longe dos olhos e perto do coração.
Enquanto a alegria nos espera nos cais.
Quão distante as almas quando se enobrecem.
A falta trazendo a angústia e a dor,
Regada no ímpeto do puro,
sem maldade.
Vai mesmo, se joga,
bebe e dança,
E quando desvanecer...
Estarei aqui pra te dar aquele abraço revigorante,
E um novo recomeço que aconteça
Por quanto mais tempo os olhos hão de esperar...
E os corpos se tocariam...
Há tanta nostalgia num abraço sincero
e todos os amores que conquistamos.
Entregues ao sentimento mais belo,
a cumplicidade.
Por onde é que voce anda?
Se fores um pedaço de mim...
Já ta me fazendo falta.