segunda-feira, 30 de junho de 2008

mariana

Não basta parecer real, tem que ser gente.
Aprendo a morrer a cada manhã com o soar do desesperador,
e isso me transforma em monstro do meu próprio dia,
quando maldigo cada manhã que não foi da maneira, a qual desejei,
e quando cai a chave, é uma porta que deixo de abrir.
Por mais que eu tenha aprendido,
que sorrir pode salvar os meus próximos dez minutos,
não ando o fazendo, afinal, as mudanças devem acontecer com o tempo.
Tudo questão de relatividade.
Espera a música acabar,
ou muda ela,
uma hora vai aprender que não se deve deixar o que não quer ouvir ao alcance.
Basta, quero seguir rumo próprio.
Quebrar louças velhas,
e tirar o pó seco de dentro dos armários embutidos da minha personalidade.
Quero gritar, beijar na boca e escrever poemas, pra aliviar a alma, se é que isso vai realmente me fazer bem. Vou tentar, se não surtir efeito, que um ciclo novo recomece. Afinal, cair e levantar faz parte, e as feridas mostram que estou vivo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

o pernilongo

é fim de dia,
mas não é domingo,
e tudo permanece da mesma forma,
só aquele vazio trazido pela rotina que permanece,
quando já se concluiu metades das provas,
e sabe-se que ainda tem a outra metade pra ser alcançada,
e a forte rotina não ajuda nem um pouco,
enquanto as meias e as cuecas secam no varal,
com cheiro de amaciante, e por fim, macias...
lavadas e limpas para que um novo ciclo recomece
agora, faltam menos de duas semanas para essa liberdade
e o que fazer com ela,
medo de entrar em desespero,
vontade de ligar,
e não ligo,
e os sentimentos batem de frente com a realidade,
quando se joga de lado as fotos dos murais caídos,
pra poder deitar,
e a bagunça a parte que ta, de certa forma,
me incomodando,
deve ser o ciclo vicioso tentando me mostrar como anda minha vida,
e te deixar de pernas pro ar, não ajuda em nada...
é bem mais profundo quando não se sabe mais o que fazer,
olha pra matéria toda que precisa ser lida,
e é deixada de lado,
hoje a aula mais chata acabou mais cedo,
mas cheguei em casa mais tarde que o de costume,
malditas serão sempre as terças feiras a partir de agora,
porque me fazem lembrar você,
e o lençol sujo que insisto em não trocar,
mesmo estando sujo, de certa forma ainda sinto o seu cheiro,
mas sei lá, de repente,
só uma pausa pra esse ciclo vicioso recomeçar,
se o lençol sair da cama,
vai precisar de um novo destino,
ai teria que me desprender de algum tempo,
até decidir o que fazer com ele...
por isso, o lençol amarelo e furado,
permanece no mesmo lugar,
talvez um pouco mais pra direita que pra outro lado,
pelos amassos do corpo pesado e cansado pela madrugada a dentro.
Quase cai, agorinha mesmo,
quando resolvi impedir que os pernilongos entrassem pela janela,
não importa que o dia está frio, eles insistem.
Por mais gelado que aqui parece,
Pra eles deve estar quentinho,
Ou eles querem meu sangue, e meu sangue, pra eles eu não dou.
Pelo menos não agora, depois, quem sabe.
Voltando ao quase tombo,
Pelo cesto de roupas sujas, imundas, outras nem tão sujas,
Que insistem em permanecer por aqui,
Mas sei lá,
Se tirar daqui, boto onde...
Não me agrido mais com isso,
O importante agora,
É que depois de lavar todas aquelas incontáveis meias,
Juro que tentei,
Mas elas foram mais rápidos que eu,
E por fim, não dei conta,
Mas aqui estou,
Reclamando de uma falsa fome
De uma tediosa bagunça,
E nada faço!
Tudo permanece estático.
E o telefone ainda não tocou...
Mas sei lá,
Conversamos pela tarde,
Porque a necessidade da noite...
Ninguém merece essa espera,
Se tivesse um carro a álcool,
Já teria te buscado pra me fazer companhia,
Mas olha, um carro a álcool heim...
Outro não vale.

É o que tem pra hoje.

Tipo de pessoa em que me jogo,
sem medo de cair,
me oferece o ombro pra chorar e me conduz a valsa.
Eu grito, ardo, sou áspero,
aqui está...
me acompanha por noites a fio,
enquanto todos dormem,
se encaixa no pedaço reservado e chora,
limpa os olhos quando me ve no portão,
me abraça, chora,
descem fragmentos de amor dos seus olhos,
quando limpo as lágrimas que ardem,
de seus lábios dormentes exalam o silencio.
O medo da perda.
A felicidade infantil só por estar...
Me entende do início ao fim,
nem precisa olhar nos olhos,
já sabe o que eu quero dizer,
enfim, a que estou.
Canta por diversos momentos a mesma canção,
só pra que eu não me sinta sozinho...
E faz da melodia, poesia, uma composição,
traz do escuro as fadas,
do silencio, todas as clarisses que me prendem,
do muito e do pouco,
entre uma dor na perna e outra,
deflagra na porta da geladeira: é o que tem pra hoje.

sábado, 21 de junho de 2008

será que pulo...?

Percebi que as pessoas que me amam sempre se preocupam comigo, de uma forma ou de outra, sempre procurando ‘palavras adequadas’, para exprimir sinceridade, enquanto que, para demonstrar afeto, bastava um sorriso.
Tenho necessidade das coisas escritas, porque acredito que são pensadas e revisadas, mesmo quando que, às vezes, algumas pessoas costumam não fazê-las.
Preciso sempre de empurrões e tapas, pra ter certeza de que estou vivo.
De nada adianta, sempre preciso chegar ao fundo do poço, e quase nunca aprendo.
Caio, depois me jogo...
E por ai o ciclo vicioso recomeça.
Sinto realmente falta dos domingos em que não joguei futebol, com medo de sujar meus pés, por ai podia estar todas as explicações e os porquês latentes de minha personalidade, assim, tão bipolar, ultimamente.
A dor, pelo menos em mim, tem sido grande, quando que, na verdade sempre é, é isso vem se evoluindo paulatinamente, vai pro físico, perde-se a ética, por ai vai...
E os reflexos, os mais abusivos e irreconhecíveis se debatem...
Acordo entre meio a ilusão e o desespero, a claridade que sai das frestas da janela fazem doer os meus olhos...
Se queixar de perda, solidão, quando se tem tantas estrelas...?
Espero que dessa vez eu não mais confunda tanto as coisas e pare de viver pela obrigatoriedade, de fato.
Não importa mais a ordem, pra que lado correr, na verdade todos os caminhos levam a um mesmo prisma, esse eu não revelo, e na verdade, nem eu mesmo sei qual é o meu....
Percebi que somos muito influenciáveis e comecei a ter medo de gente.
Por isso, mesmo que miseravelmente, eu cresci.
‘Na vida nem sempre a gente escolhe... ’
Se eu comparar minha vida com o mar, perceberei que as águas que banharam os meus pés, quando eu estava na praia, não voltarão.
Será que pulo... ?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

quem sabe isso quer dizer amor

Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira

Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejos de cais
Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor dos temporais
Do céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem e do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

Pensei no tempo e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça

Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar,
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

Composição: Márcio Borges e Lô Borges

terça-feira, 10 de junho de 2008

felizaniversário

Uma desordem dentro do armário embutido...
Seria um tanto de abismo pressupondo o ópio,
e tudo permanece inalterado...
a menos as lágrima de dor mesclada de sangue....
que invade minha atmosfera de desilusões
embora sofresse menos se encontrasse dentro da caixinha de souvenir...
uma foto que me recordasse seu sorriso,
o de ontem...
me trouxesse de volta a paz interior...
e que refletisse o beijo mais doce,Te encontro por acaso, perdido em meus desejos...
Embora, me desespero por não poder te abraçar,
È como assistir um romance onde é o amor quem morre no final
por quantas essa dor seria menor se não me despertasse em ausência...
E pela manhã,
Colocasse os braços para o lado...
Procurando de sentir,
E sentisse...
Afinal sentir é muito mais que a essência...
Traria de volta a vida.
Por seus vinte e dois motivos pra voltar.
E sentir o amor transbordado de paz...
Sem os detalhes mais sórdidos,
Procuro, e sei te amar...

domingo, 8 de junho de 2008

domingo

Quando me vi livre, já não sabia mais ser criança.
Agora, carrego isso por toda uma vivência.
Essa coisa da prisão fez com que eu me prendesse em qualquer essência, a todo custo.
Principalmente no amor.
Acabo, desde a infância, sendo feliz apenas com o que me é imposto.
Deixei trancado por detrás das escadas, a criação, a competência de interferir na minha própria felicidade.
Mas já acordei no meio da noite, chorando de felicidade.
Hoje já não durmo mais.
E minhas responsabilidades continuam intactas, me consumindo.
Agora, me sinto ainda mais preso por não ter nem o direito de surtar...

essência

Desejo-te as mais belas flores existentes no meu mundo paralelo
Mas nunca espere que eu as recolha pra voce...
Quero que as admire com a alma,
sinta o perfume atraves de seu ego,
e me sinta quando te sentir.
Mas que a minha vida seja vivida apenas por mim.
E que eu me sinta,
e tenha tempo pra mim...
Te ofereço as minhas asas,
para que possa voar...
E que nesse voo perceba que precisa voltar,
e saiba que a qualquer instante posso voar com voce,
subir nos morros mais altos pra te amar...
E quando eu te amar.
Que consiga ao menos te sentir,
te sentindo que me leve ao paraiso do primeiro beijo.
E que eu nao deixe jamais de sentir essa energia ao te abraçar.
E seu abraço me acalme e me arranque suspiros...
Porque é assim que quero te amar...

sábado, 7 de junho de 2008

nostalgia

Espero você acordar pela manhã
É que quando percebo que não está
Ainda sinto cheiro do seu corpo no meu, mesmo que nostalgicamente
Agora já passam das nove,
tempo chuvoso
saudade da sua voz rouca a me acompanhar
Mas o que menos importa é esse tempo, e sim que ele passe logo!
Claramente percebo sua ausência
E a aula continua cada vez mais monótona
E meu coração esperando a brecha do feriado pra poder estar com você
E te ver, sentir e te amar!
Toda essência dos meus lábios longe dos teus se anula
E pela falta, se completa,
E ao encontro os lábios se amam.
Não existe coerência mais nas frases em que escrevo, pois tudo se torna muito repetitivo,
Menos ainda quando se adverte ao amor,
È de repente
inevitável
Aconteceu!
Sabe quando pisca os olhos mais fortes na esperança de quando abrir encontrar?
E quando esse fragmento se decompõe se vê meramente só,
Ai entende que o outro faz mais parte de você, do que você imagina!
Meu coração se abre, e a boca se cala,
O corpo enaltece.
E me vejo cada vez mais em seus olhos
E me entrego
E quanto mais eu vivo, mais eu quero esse amor!
As palavras não mudam, o sentido é o mesmo e as frases feitas permanecem inalteradas.
Quero agora tentar esquecer um pouco dessa distancia
E que ao dormir,
eu consiga sentir o seu beijo
Consiga passear entre os pelos do seu corpo
E me amar!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

esse sou eu

Quanto mais o tempo passa, percebo que nos reconhecemos menos.
E todas as mudanças, se tornam um dilema: pra onde ir?
E me deparo com elas. As mudanças. O tempo todo.
Quase sempre entro em conflito. O que é natural, humano. Ao passar dos dias, percebo que não reconheço mais ou o outro, nem ao menos por uma foto. Pequena. Mal tirada. O que reluz a essência de todo um novo estado de espírito aguçado.
Absorvo. Mesmo quando as frases soltas agridem minha cabeça, é lamentável que se prenda em minha mente até ser jogada pro papel. Raramente me encontro, nem mesmo nos textos que eu mesmo escrevo. A essência estava perdida no outro.
Desilusão.
Concluo ser humanamente impossível à tradução do que sou. A que vivo.
Será que é realmente necessária essa preocupação latente?
Passamos, no sentido literal da palavra, a vida inteira tentando definir o que somos...
Sei lá, em ser livre, ético, e por ai vai...
Quanto a conhecer o outro, mera ilusão. Não conhecemos bem, na verdade, nem a intensidade de que a luz sobre sua cabeça reflete. Quanto a reconhecer ao outro então, ilusão.
Passei por mais um período lindo da minha vida, cinco meses, intensos diria, não que o amor acabe. Nem os cinco meses dêem por fim. Acredito que até aumenta, mas com mais esse tempo, percebo que quando se ama mais o outro. Se perde.
Agora, mais que depressa preciso me encontrar. Comprar perfumes, roupas, chocolates, e muitas meias, com toda a entonação e precisão dos ‘esses’ que a palavra permite usar.
Pretendo encontrar-me nos mais aguçados pratos, nem que eu mesmo os prepare.
Mais uma vez o tempo me prega uma peça, reler os amigos distantes, aqueles que em outros textos dissertei como presentes. E cativá-los novamente.
Tenho como objetivo, produzir mais textos, bem mais profundos que os textos mediocremente repetitivos que ando tecendo por aí. Publicar. Dedicar a quem esteve perto, comigo, esses tão rápidos, eu diria, cinco meses.
Sei somente que nos amamos. De resto, exatamente, prefiro dar tempo ao tempo. Nunca se sabe. Além das lágrimas que ainda descerão por mais quantas rodoviárias for necessário. Que a despedida nunca se torne eterna.
Já passei por noite aprendendo a jogar ‘campo minado’. Aprendi com isso, á dublar o tempo perdido pela ausência sufocante do sono. Fiz especial. Acredito. Tornei-me mais, também. E ganhei uma partida.
Agora, prefiro juntar: sextas e quartas feiras, fotos 3x4, dvd e mm’s. Estabelecer o quanto ainda são, importante pra mim essas coisas.
Chorar breves espaços e esperar um final de semana qualquer. Quem sabe?
E por ai, mais e mais produções de meus textos tentarão de certa forma me traduzir.
Estarei ao lado da música mais bela. Aquela que a gente coloca pra festejar os quão são importantes os amores que vivemos. Mas preciso de mudanças. Sempre. Faz-me sentir vivo.
E vivo, porque ainda me amo.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

céus

È dor, das que sangram os olhos,
Não há maquiagem que disfarce...
O sofrimento é presente,
E as feridas permanecem abertas.
Quero maior silencio ao redor

Sem interferencias...
pra que eu possa ouvir sua voz,
imensa de amor,
e acalmar meu coração...
Pra tentar materializar presença...
Que me levem os sonhos...

que eu não sinta frio,
morar junto aos anjos...
Pra que eu possa desbravar amor,
Que esse amor não fuja dos meus olhos...
e reflita no espelho...

o sol...
Que nos céus eu possa dormir em paz
E cuidar de voce... meu amor,

Então...que seja feita a vontade dos anjos...

conflito

Conflito

Por onde mais essa dor há de me perseguir?
Até onde vai minha persistência por existir?
Existe dor após a morte?
Até quando posso ter a certeza de estar vivo se eu me perder?
E se você?

Por onde anda ‘a gente’...?
Até onde preciso caminhar?
Quantos sorrisos presos por entre lágrimas e soluços,
pra poder ouvir mais uma vez o som da sua voz?
Aquela entonação silenciosa,
bem de perto, ou [vem], de perto,
que a falta me traz tanta angústia
soa em meus ouvidos as palavras mais ardentes.

quero seu corpo doce por meus horizontes.
Desejo encontrar você entre os meus cobertores,
no corredor do quarto pra sala...
e por onde andarás agora...?
há quem poça traduzir esse desamparo?
e por mais quantas noites terei de dormir ausente?
esperando por você,
ou esperando por mim.

Por quanto tempo ficarei sem as suas mãos a me tocar,
e em quantas músicas mais, encontrarei essa ausência?

...

Quando voltares,
traga consigo meu brilho e a minha alegria de viver...
Como no inicio de tudo,
como na sexta feira em que fui mais feliz,
naquela cena da primeira saída do carro,
naquela em que o segundo beijo não esperou pr'acontecer...

Traz de volta,
esperança,
paciência,
e amor...

mas não se esqueça de compartilhar a sua metade...
pra que eu possa sentir o quanto faz parte de mim.

Verá um sorriso bobo.
contornará os meus lábios...

Feito... Parte-se da criança que ainda sou,
meu coração bate mais forte...
celebra a angústia descontrolada que se deu por fim.

Quero de volta os sorrisos para a melhor foto.
E que você ainda traduza a minha vontade de viver.
Ainda que por mais trinta dias,
que permaneçam imóveis.

por mim...
e por você.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Gabriel - por Damaris

Coleciona pequenas coisas que fazem todo o sentido do mundo pra ele..... e eu entendo perfeitamente bem.......É de uma emoção comovente.... Suas frases nunca são soltas....todas tem um sentido muito amplo.....e eu gosto!!!!Mescla saudade com sentimento de fraqueza quando está longe...pq sabes.....és minha força!!“Você tem que aprender a se defender sozinha....agora estou do seu lado...mas e qnd eu não estiver??”“o essencial é invisível aos olhos......”“Não gosto de despedidas....” (por isso sai depressa...e mal olha pra traz...)“Você não tem o direito de acordar triste!!! Fique triste quando tiver um motivo”Sua franqueza assusta...mas não deveria.....que bom seria se no mundo todos fossem iguais a você!!!!!E só pra completar......... “Não sei quanto o mundo é bom.....mas ele está melhor, desde que você chegou...” arrombou a porta....... sorriu....e disse: “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” e cativou......cativa todos os dias...... conversamos por meio de livros que lemos em comum....recomenda, e aluga filmes que julga que eu precise assistir (e sempre acerta!)escreve.....lê...canta...toca violão (ainda não ouvi.....) e não sai com o cabelo molhadodiscute com professor na sala de aula.....polêmico!! hauhauahahuha amooooo!!!Adjetivos?? Inteligente, educado, sarcástico (nas horas certas), generoso, sensível, carinhoso, surtado, inconstante, amável, cativante, amigo, companheiro, sinceroConsegue colocar tudo no papel o que sente....depois rasga!!!Não lhe agrada muito andar de bicicleta....e sempre insiste pra que eu o acompanhe...Um pouco bagunçado seu quarto....mas de uma bagunça agradável...aconchegante... sorri mesmo quando o rasgam no meio.....num sorriso de "não me olhe assim, eu vou ficar bem..." entra pela porta de supetão, olha nos meus olhos com ar de seriedade, fala, fala, ... tudo que preciso ouvir, fica irritadíssimo, e não sucumbe aos meus apelos de "não.....por favor......não me fales assim.....onde está tua ternura??" pois sabes que é o que preciso ouvir.....por mais que me doa (talvez doa mais nele falar).se perde no pasto ouvindo música...cozinha como se tivesse feito "um curso"...mas sabemos que não foi bem assim...a paca, ou anta, capivara (não sabemos bem o que, ainda) nunca vou esquecê-la, na janela do ônibus... =] Gabriel.....nome de anjo.....hum.....pode ser.....mas é muito mais humano do que pode parecer.....humano sim....mas no lado mais bonito e profundo da existência...como escrever um depoimento pra uma pessoa como ele?? posso dizer pequenas coisas aqui...mas bem pequenas mesmo...."trapos" como ele costuma dizer....mas não me atreverei dizer quem tu és...pois sabes, meu anjo, és bem mais que isso...

amovc

O brilho dos meus olhos me descreve você
Junto os pedaços que sobraram,
sobre o lençol
Refaço-me de poemas soltos,
quando você não está.
Deixarei de lado suas palavras,
todos os fragmentos do amor.
Imortal seria a fonte.
E do espelho onde te encontro.
Quando me olhas,
fico tonto.

Desejos

Não, nunca pensei que seria tão complexo.
Às vezes eu me engano e quanto mais eu pensava, mais me corroía...
De repente as coisas se tornaram mais do que um simples afago, aquela impaciente e interminável carência, já não fazia mais parte desse caráter, do meu caráter. E assim se concretizaram as semanas que passamos juntos.
Tudo pareceu perfeito, e na verdade o foi, para além do que as expectativas que o pressupõem.
Depois de dada a largada, mais do que esperado, o anseio.
Assim como o queria em meus braços, o tive, em uma mescla sutil de todo o desespero e ópio, estava entrando numa fase superiormente interessante, onde percebi que o  agora, já não mais faria parte do que me foi rotulado.
O a partir de agora, seria o eu mesmo, travestido de minha própria personalidade.
Apesar de muito estranha toda essa situação, senti-me, pela segunda vez, livre dos tabus impostos pela mesma sociedade de onde todos os manuscritos sagrados deveriam ser seguidos, mas, e a felicidade? Onde mais eu a procuraria?

[...], e, a partir desse momento, descobri que o eu sempre esteve aqui, e como um suspiro aliviado, bem maior que a dor, porém intrínseco e decadente, chorei, dessa vez, de felicidade.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quando me olhares

Quando eu morri pela primeira vez, senti aquela angústia atravessada no meio do meu ímpeto sangue.
Agora, que já tenho a experiência de morrer, costumo fazê-lo a cada instante, e a cada palavra que me falta.
Morro de manhã, tarde e noite. Mas morreria menos se estivesse ao seu lado todo tempo, e o tempo todo.
Mais estranho seria se não estivesse ao seu lado agora, é o que sinto, dentro das minhas mais profundas angústias. Nelas, sempre encontro você.
Dentro do seio do abismo encontro-me.
Acostumei morrer pelas manhãs, quando não sinto o cheiro de seu suor impregnando-se em meu corpo.
E nossos corpos suados passam, mas a gente não os vê.
Mas quando morro a tarde é  ausência. E agora é o ócio quem me afasta de você.
Não acredito mais em redundâncias. Creio agora, no amor que sinto, por mais que o medo seja intenso, ainda mais profundo torna-se o sofrimento.
Acostumei-me a morrer.
Gosto do final da tarde. Talvez porque a noite te traz você até aqui.
Já passam das cinco. As horas passam e não as vejo passar,
Ainda sinto o sabor do seu corpo nos meus lábios, é mais que intensa essa aproximação.
Mais forte que isso é o nosso amor, ou do meu amor ou ainda, do amor que sinto.
Mas é o seu amor que me toma pelos braços.
É agora que paro pra esperar você no portão.
E... Mais do que depressa, eu morro.
Morro porque anoiteceu e você não está.
E por onde andas, coração?
Volta pra cá...Traz seu amor e deixe que se aposse do meu.
Deixa que nossos amores se cruzem, e que se amem.
Permita-se que seu ego deflagre a alegria.
Basta de nostalgias.
Mais delicado são seus lábios quando me tocam. Suas mão tremulas quando me apertam.
Mais intrínseco serão nossos pudores, os quais são sei nem mais por onde andam.
Definitivamente, é inevitável morrer.
E quando essa volúpia toma conta, me afasto e agrido.
E cada morte, um novo renascimento. E a cada sol que brilha nos meus olhos eu sinto um carinho novo,
um amor novo, amor esse que me traz de volta a vida.
E depois me mata.

domingo, 1 de junho de 2008

Há tempos


Em meio ao deserto é o que se encontra, não haveria ao menos busca persistente a se orientar, para todos os lados, o holocausto toma sua forma e não há para e nem por onde correr.
Percebe-se que a volta, o montante de areia oriundo desse mesmo deserto, e sem chuva, as plantas que por ali persistem estar, mergulham na intensidade da morte e se matam.
A vida perde o seu direito de ser, os animais choram também a falta de alimento, 
Com as mãos atadas é possível ver o mundo em seu processo de degolamento, nada se pode fazer a não ser esperar tal destruição, e com os olhos bem abertos.
De que adiantaria a fama se o dinheiro não a carregasse?
Eis então que é refeito de pequenos trapos que  recolhe no caminho de volta para a casa, e porque é tão difícil estar?
Eis o fogo.
Vida, alguma coisa pode acontecer, e geralmente não é o que se espera, na verdade, nunca é.
Ter dor é também travestir-se de vida, você pode estar hoje, com a sua calça verdeoliva, mas amanhã, ao atravessar a rua pode esbarrar em pregos voadores saltitantes, e rasgar-se – do que você entenderia então por vida, em sua mais ínfima concepção.
Agora já não mais pode mais andar, são apenas trapos.
Eis que também se perde o direito de chorar, quando se deixa as lagrimas cravadas no peito de outro, longe daqui, é quando você cansa de esperar, vai, e se esvai.